segunda-feira, 18 de outubro de 2010

MANEJO DE IRRIGAÇÃO E O CONSUMO DE ÁGUA PELOS VEGETAIS.

O consumo de água das plantas ocorre através da evapotranspiração, que é a água evaporada do solo mais a água transpirada pela planta, passando por todo seu processo metabólico e saindo através dos estômatos em suas folhas. Todo esse processo ocorre de acordo com clima e umidade do solo em tempo real, aumentando ou diminuindo a absorção de água em determinados momentos do dia. Por via de regra, toda a água consumida no dia anterior deve ser reposta, mantendo o solo sempre num ponto ótimo de umidade, onde as plantas gastam pouca energia para absorvê-la. Para medir o consumo de água das plantas pode-se utilizar vários métodos através de medições do clima ou do solo. No caso do clima pode-se utilizar estações meteorológicas e tanque Classe A estimando a evapotranspiração. No solo, deve-se medir a umidade do solo e para isto utilizamos os tensiômetros entre os vários métodos disponíveis por apresentar maior praticidade e qualidade nos resultados.

O manejo da irrigação pode ser realizado através do método mais conveniente realizando análises de solo e clima. A partir dos resultados desenvolve-se um programa de acordo com a cultura e sistema de irrigação instalado, gerando resultados de lâmina a ser aplicada e tempo de irrigação, bem como informações sobre o momento adequado de proceder à irrigação.
TANQUE DE EVAPORAÇÃO CLASSE A

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

DIREITOS DOS ANIMAIS

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Declaração Universal dos Direitos dos Animais
Artigo 1º

      Todos os animais nascem iguais diante da vida, e têm o mesmo direito à existência.


Artigo 2º

      a) Cada animal tem direito ao respeito;
      b) O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar os outros animais, ou explorá-los, violando esse direito. Ele tem o dever de colocar a sua consciência a serviço dos outros animais;
      c) Cada animal tem direito à consideração, à cura e à proteção do homem.


Artigo 3º

      a) Nenhum animal será submetido a maus tratos e a atos cruéis;
      b) Se a morte de um animal é necessária, deve ser instantânea, sem dor ou angústia.


Artigo 4º

      a) Cada animal que pertence a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu ambiente natural terrestre, aéreo e aquático, e tem o direito de reproduzir-se;
      b) A privação da liberdade, ainda que para fins educativos, é contrária a este direito.


Artigo 5º

      a) Cada animal pertencente a uma espécie, que vive habitualmente no ambiente do homem, tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de liberdade que são próprias de sua espécie;
      b) Toda a modificação imposta pelo homem para fins mercantis é contrária a esse direito.


Artigo 6º

      a) Cada animal que o homem escolher para companheiro tem o direito a uma duração de vida conforme sua longevidade natural;
      b) O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.


Artigo 7º

      Cada animal que trabalha tem o direito a uma razoável limitação do tempo e intensidade do trabalho, a uma alimentação adequada e ao repouso.


Artigo 8º

      a) A experimentação animal, que implica em sofrimento físico, é incompatível com os direitos do animal, quer seja uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer outra;
      b) As técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas.


Artigo 9º

      Nenhum animal deve ser criado para servir de alimentação, ser nutrido, alojado, transportado e abatido, quando, para isso, tenha que passar por ansiedade ou dor.


Artigo 10º

      Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem. A exibição dos animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.


Artigo 11º

      O ato que leva à morte de um animal sem necessidade é um biocídio, ou seja, um crime contra a vida.


Artigo 12º

      a) Cada ato que leve à morte um grande número de animais selvagens é genocídio, ou seja, um delito contra a espécie;
      b) O aniquilamento e a destruição do meio ambiente natural levam ao genocídio.


Artigo 13º

      a) O animal morto deve ser tratado com respeito;
      b) As cenas de violência de que os animais são vítimas, devem ser proibidas no cinema e na televisão, a menos que tenham como fim mostrar um atentado aos direitos dos animais.


Artigo 14º

      a) As associações de proteção e de salvaguarda dos animais devem ser representadas a nível de governo;
      b) Os direitos dos animais devem ser defendidos por leis, como os direitos dos homens.
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A ÁGUA E A ZOOTECNIA.

"Independentemente das condições topográficas, tamanho do terreno, tipo de solo, o que vai definir o modelo de piscicultura e o melhor sistema de criação a ser implantado é a quantidade e a qualidade da água." (Huet, 1978)
A água é o composto considerado como a essência do planeta e domina por completo a composição química dos seres vivos, além de ser o meio onde vivem os peixes. Uma água boa para o pescado nem sempre é uma água boa parar bebermos. Ela deve conter uma série de componentes na medida certa. A produção de um viveiro está diretamente relacionada com a qualidade da água que o abastece.
A seguir apresenta-se uma descrição dos principais fatores abióticos da água que geram efeitos sobre a vida aquática, e suas insterações:
Temperatura - A temperatura da água é um dos principais fatores que afetam o desenvolvimento e a vida dos peixes. Reprodução, alimentação, defesa imunológica, etc., estão intimamente ligadas à temperatura da água. Isso porque os peixes são animais ectotérmicos, isto é, a temperatura do seu corpo é influenciada pelo ambiente. Existem temperaturas ideais para alimentação, reprodução, resistência a doenças para cada grupo de peixes. Outra importância é que os níveis de oxigênio dissolvido (OD) tem uma relação inversamente proporcional ao aumento da temperatura, ou seja, quanto mais subir a tempuratura da água menor será a quantidade de OD disponível para os animais.

Transparência - A transparência é uma medida diretamente relacionada com a quantidade de matéria orgânica, plâncton, materiais em suspensão decorrentes das chuvas, etc., presente na água. Quando a transparência está relacionda a partículas de argila e silte em suspensão a água fica a água apresenta uma coloração na cor de café (água barrenta). No caso de estar relacionada a excesso de plâncton a água apresenta coloração esverdeada.
O estabelecimento de uma transparêncial ideal para piscicultura é muito difícil, mas está comumente ente 40 a 60cm. Tanques muito transparentes (mais de 60cm) favorecem o desenvolvimento de macrófitas. Já a transparência menor de 40cm indica excesso de matéria orgânica e conseguente diminuição dos níveis de OD. Outro problema é o excesso de partículas de argila que grudam nas brânquias e causam problemas de respiração nos peixes.
Para medir a transparência da água utiliza-se o Disco de Secchi, que consiste em um disco de aproximadamente 20cm de diâmentro divido em 4 partes iguais, sendo duas brancas e duas negras, dispostas alternadamente. Uma fita métrica é presa ao disco e este é mergulhado na água. Daí mede-se a profundidade máximo que o disco consegue ser visto com clareza.
Disco de Secchi utilizado para medir a transparência da água


Oxigênio dissolvido (OD) - O oxigênio é o gás mais importante para os peixes. As fontes de O2 são a atmosfera e a fotossíntese. Em ecossistemas aquáticos esse gás é consumido de diversas formas, como se segue: decomposição da matéria orgânica, respiração e oxidação de metais.
Sabendo-se da importância do OD para a piscicultura, o produtor deve se preocupar com esse fator de forma que o seu sucesso estará diretamente ligado ao seu esforço no seu controle. Assim sendo, antes de se ininciar uma piscicultura deve-se observar se há quantidade de água suficiente, e de qualidade, caso contrário o produtor deverá lançar mão de artifícios para controlar o O2, como por exemplo, o uso de aeradores, oxigenadores, filtros biológicos, etc.
O horário ideal para controle dos níveis de OD é logo pela manhã, pois durante a noite todos os orgânismos do viveiro (peixes, algas, microrganismos, plâncton, etc.) consomem O2. Portanto, são nas primeiras horas da manhã que a concentração de OD se encontra crítica, o que pode ocasionar problemas crônicos nos peixes e até a morte.
Gás Carbônico - É uma gás que apresenta uma grande importância para o meio aquático. Esse gás pode causar problemas para a piscicultura, no entanto, seus efeitos mais deletérios estão relacionados com problemas de asfixia que pode provocar.
Considerando-se os processos naturais no ambiente, altas concentrações de CO2 ocorrem, particulamente, em tanques após morte maciça de fitoplâncton ou em dias nublados.
Potencial Hidrogeniônico - pH é defindo como uma medida que expressa a cidez ou a alcalinidade de uma solução e, além de ser influenciado pelas concentrações de íons H+ e OH-, também é afetada fortemente por sais, ácidos e bases que ocorram no meio.
Os peixes geralmente vivem em pH na faixa de 5,0 a 9,5, mas o melhor para a piscicultura tropical é pH na faixa de 7,0 a 8,0 (neutro ou ligeiramente alcalino). Mas o mais importante é que a maioria dos peixes não sobrevive a grandes variações de pH, mesmo que o valor absoluto não saia da faixa de tolerância. Ex.: variação brusca de 8,5 a 6,5 pode ser fatal.
O pH varia em função de uma série de fatores e, por isso, é recomendável monitorá-lo sempre. Fatores como excesso de algas, vegetais e fitoplâncton provocam acidificação da água. Excesso de ração ou mesmo estresse dos peixes provocará aumento acentuado de liberação de amônia, o que também irá acidificar o meio.
Alcalinidade - É capacidade da água de neutralizar ácidos. Refere-se a concentração total de sais na água, sendo expressa em equivalentes de carbonato de cálcio (CaCO3), bicarbonato (HCO3), hidroxila (OH), sais orgânicos entre outros que são capazes de neutralizar íons H+. Para tanques de piscicultura saõ desejáveis valores de alcalinidade acima 20mg/l, sendo que valores entre 200 a 300mg/l são os mais indicados.
Dureza na água - Grosseiramente a dureza da água pode ser definida como sua capacidade de resistir as mudanças de pH durante o transcorrer do dia. É importante dizer que de correlacionadas, dureza e alcalinidade, não significa que sempre que tivermos uma água muito alcalina ela terá alta dureza.
Condutividade elétrica - É a medida direta da quantidade de íons na água (teor de sais na água). Altos valores de condutividade significa altas taxas de decomposição de matéria orgânica e isso é um parâmentro para quantidade de nutrientes disponíveis ou mesmo indício de problemas com poluição da água. Os valores desejáveis para criação de peixes ficam entre 20 e 100mS/cm.

Fósforo - Este elemento pode originar-se do intemperismo de rochas, excreta de animais, detergentes e de fertilizantes químicos. Sua importância para o ambiente aquático está no fato de armazenar energia (ATP), faz parte da estrutura da membrana celular e é o fator limitante do desenvolvimento dos orgânismos produtores primários. Ele é responsável pela eutrofização natural da água. O Fósforo orgânico ou inorgânico, pode apresentar-se na forma solúvel.
Enxofre - O enxofre pode apresentar-se sob diversas maneiras. Dessas, as mais comuns são o íon sulfato e o gás sulfídrico, sendo a primeira forma a mais importante para os orgânismos produtores. Em condições drásticas de queda do teor de OD na água, o gás sulfídrico formado pela ação dos decompositores, acumula-se na porção mais profunda do viveiro causando a morte dos organismos que ocupam esta parte do tanque.
Nitrogênio - O nitrogênio se origina de aportes fluviais e lençóis freáticos, da decomposição da matéria orgânica e da fixação biológica. Esse elemento também ocorre sob várias formas porém as mais importantes são o N2amoniacal (NH3/ NH4+) e sob a forma de nitratos e nitritos (NO2- e NO3-, respectivamente). A maior vantagem da assimilação do amônio é que o mesmo pode transformar-se em amônia não ionizada que é um gás tóxico aos animais em altas concentrações.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A água na alimentação animal

A água destinada aos animais, na maioria das propriedades rurais, não apresenta muitos cuidados no que diz respeito a obtenção e manutenção, comprometendo sua qualidade. Isto pode ser a causa de várias enfermidades que acometem os animais com quadro clínico leve ou em certas ocasiões, graves levando a prejuízos e/ou perda total.

De acordo com a espécie e o tipo de exploração, os animais têm as suas necessidasdes diárias de água: por exemplo o bovino de corte, consome de 26 a 66 litros/dia; vacas leiteiras 38 a 110 litros; vacas em lactação até 140 litros; cavalos 30 a 45 litros, égua em lactação até 57 litros; e caprinos e ovinos 3,5 a 15 litros/dia. Por isso deve-se ter grande cuidado com vacas em lactação, pois quanto maior a produção maior será o consumo de água, não esquecendo-se ainda das fêmeas em gestação.

Água oferecida em quantidade e em qualidade excelentes.
Assim como existe o consumo, esta água ingerida será eliminada através dos rins, na urina, do trato gastrintestinal nas fezes, e através do ar expirado pelos pulmões ou suor evaporado pela pele. O rim é o principal regulador da perda de água do organismo.

Um dos fatores preocupantes e que deve-se levar em consideração é quanto a qualidade da água oferecida aos animais em muitas propriedades do Estado, onde deve-se atentar para certas características que afetam a qualidade tornando-a imprópria para o consumo que são; a presença de minerais traços tóxicos como Fluor, Selênio, Ferro e Molibdênio, podendo causar disturbios sérios, principalmente em suínos e aves; a presença de Nitrogênio na água indica decomposição de matéria orgânica, contaminação fecal ou nitratos.

Francelino Goulart da Silva Netto Pesquisador - EMBRAPA/CPAFRO

A água potável promove saúde aos diferentes animais.


domingo, 12 de setembro de 2010

MEMÓRIA DA ZOOTECNIA

ZOOTECNIA E VOCÊ: POR QUE ESCOLHER?

O que faz


O profissional de zootecnia trabalha em todas as etapas do sistema de produção animal: alimentação, atividades de melhoramento genético, reprodução, controle da qualidade do produto final – carne, leite, ovos e seus derivados. Também realiza pesquisas de nutrição e alimentação, acompanhando a fabricação e o controle da qualidade de rações, vitaminas e produtos de higiene e saúde para o animal. A atuação profissional do zootecnista é regulada pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária.

Áreas de atuação

Nutrição e alimentação animal, indústria de alimentação, iniciativa pública e privada, prestando assistência técnica e praticando extensão rural. Pode ainda atuar em seu próprio negócio ou seguir na área de pesquisa. O campo de trabalho do zootecnista expande-se também às áreas de proteção e conservação de animais silvestres, estímulo ao ecoturismo e agroturismo.

Especialização

O grau acadêmico do zootecnista corresponde ao de bacharel, o que o habilita a desenvolver estudos de pós-graduação, tanto de especialização (Latu sensu), como de mestrado ou doutorado (Strictu sensu). Destacam-se, neste sentido, segundo avaliações da Capes, os cursos de pós-graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, Universidade Estadual Paulista - campus de Jaboticabal, Escola Superior de Agricultura “Luís de Queiroz” da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Maringá.

Para saber mais

Sociedade Brasileira de Zootecnia

Associação Brasileira de Zootecnista (ABZ)

Portal do Zootecnista

Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa